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Como melhorar o controle de pneus da transportadora

Segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção, o consumo de pneus representa 18,7% dos custos operacionais de uma transportadora no transporte rodoviário. Sendo assim, é fundamental que eles sejam utilizados até seu último recurso
Contudo, é necessário adotar uma série de medidas de controle para que esse serviço seja feito de maneira segura e eficaz.
Neste artigo, vamos explicar por que isso deve ser feito e como impacta na gestão da frota. Confira, também, as dicas para fazer um bom controle de pneus. Boa leitura!
O que é controle de pneus?
Chamamos de controle de pneus a atividade de gerenciar o consumo de pneus dos veículos, assim como outras informações como rodízio, recapagem, vida útil e mais.
Se bem realizado, o controle de pneus pode aumentar em até 25% a vida útil do item. Isto é, ele possibilita mais eficiência e economia nas operações, além de garantir o bom funcionamento da frota.
A gestão de custos é capaz de reduzir gastos, proporcionar mais segurança aos funcionários, diminuir riscos de impactar as mercadorias etc.
Partes de um pneu
Para entender melhor sobre controle de pneus, vamos entender melhor sobre as partes que os componentes dos pneus:
Banda de Rodagem (ou Rodagem)
É a parte que toca o chão. Sabe aqueles sulcos e desenhos no pneu? Eles são feitos para dar aderência, escoar a água em dias de chuva e garantir a frenagem. É a parte que se desgasta com o uso.
Flanco (ou Lateral)
É a “parede” do pneu, a parte que fica entre a banda de rodagem e a roda. Nela você encontra todas as informações do pneu, como marca, modelo, medidas, índice de velocidade, etc. Ela precisa ser resistente para suportar as deformações ao passar por buracos ou em curvas.
Talão
É a parte interna do pneu que se encaixa na roda. Ele é reforçado com aros de aço para garantir que o pneu fique bem preso ao aro e não escape, mesmo em altas velocidades ou com impactos.
Carcaça
É a estrutura principal do pneu, feita de camadas de lonas (cordões de tecido, geralmente poliéster ou nylon) que ficam por baixo da banda de rodagem e se estendem até o talão. É a carcaça que dá forma ao pneu e suporta a pressão do ar e o peso do veículo. É como o “esqueleto” do pneu.
Cintas Estabilizadoras (ou Lonas da Banda de Rodagem)
São camadas de aço ou de materiais têxteis que ficam entre a carcaça e a banda de rodagem. Elas ajudam a dar estabilidade à banda de rodagem, melhoram a dirigibilidade e a resistência a perfurações, além de ajudar a distribuir o calor.
Diferenças entre Recapagem, recauchutagem e remoldagem
Recapagem, recauchutagem e remoldagem são três processos diferentes de reforma de pneus, que visam prolongar a vida útil de uma carcaça usada. Embora os termos sejam muitas vezes usados como sinônimos, existem diferenças importantes entre eles:
Recapagem
A recapagem é o processo mais comum e se concentra na substituição apenas da banda de rodagem (aquela parte do pneu que toca o chão e tem os sulcos). A carcaça dos pneus é inspecionada, a borracha antiga da banda de rodagem é removida, e uma nova banda pré-moldada é aplicada e vulcanizada (processo que usa calor e pressão para unir as borrachas).
Recauchutagem
A recauchutagem é um processo mais abrangente que a recapagem. Nela, ocorre a substituição da banda de rodagem e dos ombros (as áreas arredondadas que conectam a banda de rodagem à lateral do pneu).
Remoldagem (ou Remold)
A remoldagem é o processo mais completo de reforma, onde toda a parte externa dos pneus é substituída, ou seja, a banda de rodagem, os ombros e as laterais (flancos). Apenas a carcaça original é preservada. Uma nova camada de borracha é aplicada em todo o exterior do pneu, que então é vulcanizado em um molde que replica o desenho e as informações de um pneu novo.
Legislações sobre pneus
Antes de nos aprofundarmos no assunto de controle de pneus, é importante apontar que existem algumas regras definidas pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) para garantir a segurança nas estradas referente aos pneus:
Banda de rodagem
A banda de rodagem dos pneus é a parte que fica em contato com o solo, a resolução CONTRAN nº 492 diz que a profundidade da banda de rodagem não pode ser inferior a 1,6 mm.
Pneus recapados, recauchutados e remoldados
Segundo a resolução CONTRAN nº 416 fica proibido usar pneus reformados, quer seja pelo processo de recapagem, recauchutagem ou remoldagem, no eixo dianteiro, bem como rodas que apresentem quebras, trincas, deformações ou consertos, em qualquer dos eixos dos veículos novos ou em circulação.
Dicas para cuidar dos pneus
O estado dos pneus dos veículos da frota de sua empresa pode afetar a qualidade do seu serviço ou até comprometer a segurança dos motoristas. Os pneus têm prazo de validade, como todo item. Geralmente, para veículos pesados, eles têm uma durabilidade de até 5 anos, em média. Abaixo, separamos dicas para cuidar melhor dos pneus:
Atenção a calibragem
Realizar a calibragem de pneus no tempo certo é capaz de prevenir acidentes e aumentar a vida útil dos itens, o recomendado é uma vez por semana. Lembre-se também de fazer o alinhamento a cada 10 mil quilômetros rodados.
Rodízio
A troca de pneus traseiros com os dianteiros faz com que as bandas de rodagem se tornem semelhantes, o que melhora o desempenho do veículo. O rodízio também varia de acordo com as características de cada pneu. Se ele for do tipo eixo motriz, provavelmente sofrerá mais desgaste do que outros modelos.
recuperar
A recapagem de pneus é uma prática nem sempre viável. Ela auxilia na redução de gastos, uma vez que permite obter um melhor retorno sobre o investimento feito na compra de pneus novos. Portanto, apenas o faça com empresas e profissionais especializados que possam garantir a qualidade do serviço.
Treine os motoristas
Oriente os motoristas a evitar freadas bruscas, dirigir com cuidado e sempre dentro da velocidade permitida. Mantenha uma linguagem adequada e de fácil compreensão. Também esteja disposto a sanar dúvidas e escutar seus funcionários. O diálogo é a melhor ferramenta para integrar a equipe e melhorar o desempenho do negócio.
Como fazer o controle de pneus da frota?
Começar o controle de pneus na transportadora é uma atitude excelente para reduzir custos, evitar paradas inesperadas e aumentar a segurança da frota. Preparamos um passo a passo simples para você que quer começar ou deseja melhorar o controle de pneus:
Cadastro dos pneus
Seja em uma planilha ou em um sistema especializado, o primeiro passo é cadastrar os pneus. Podem ser incluídas informações como modelo, dimensões, desenho e marca dos pneus. Cadastrar essas informações irá ajudar na análise de dados depois, como qual modelo está
Algumas empresas costumam ter uma marca interna queimando o pneu ou utilizando alguma tinta ou marcador especial, para poderem localizar mais fácil o lançamento e realizarem o controle de pneus efetivo.
Cadastro de chassis
Como bem se sabe, os modelos dos veículos são diferentes e alguns sistemas, ou até mesmo nas planilhas, é interessante cadastrar o desenho do chassi para ficar mais fácil de identificar as posições dos pneus.
Controle as movimentações e rodízios de pneus
Toda a movimentação do veículo deve ser registrada, seja por que ele foi removido para conserto ou o rodízio foi realizado. Esta parte é bem melhor de ser acompanhada através de um sistema para transportadoras, pois em alguns, basta clicar e arrastar para mover o pneu.
Acompanhe a vida útil e desgaste
A cada movimentação, anote o KM do veículo. Com isso, você começa a entender quantos quilômetros um pneu está durando. Depois de um tempo, você terá média de durabilidade por eixo, tipo dos pneus ou até por rota.
Recapagem e Manutenção de pneus
Para acompanhar melhor o controle de pneus, todas as manutenções e recapagens. Isso é interessante para verificar quanto o pneu está durando e quando vale a pena comprar um novo ou recapar.
Fazer o controle de pneus não é uma tarefa fácil. Dependendo do tamanho da frota e das movimentações dos veículos, é necessário recorrer a um software para transportes.
O Bsoft TMS melhora a apresentação e a análise dos dados da empresa e, ainda, auxilia na tomada de decisão, reduzindo custos e aumentando o diferencial competitivo de sua transportadora.
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